No Tesouro Direto, são disponibilizados três tipos de títulos públicos: indexado à taxa básica de juros (a famosa Selic); prefixado com diferentes prazos de vencimento ou atrelado ao IPCA (índice oficial que mede a inflação no país). Vamos conhecer como cada um funciona:
Conhecido também como LFT (sigla para Letras Financeiras do Tesouro), o Tesouro Selic, como o próprio nome diz, acompanha diariamente a taxa básica de juros da economia (Selic). Por isso, tem baixa volatilidade, evitando perdas caso você queira vender antes do vencimento. Assim, costuma ser indicado para o investidor com perfil mais conservador.
Essa característica também faz com que o Tesouro Selic seja recomendado para quem precisa de liquidez, ou seja, se ocorrer um imprevisto, você pode resgatar a grana aplicada antes do vencimento do título sem ter surpresas indesejadas com a rentabilidade do investimento no período.
Em geral, especialistas indicam investir no Tesouro Selic para formar uma reserva financeira, por exemplo. Isto é, aquele dinheiro que você vai poder sacar se pintar uma “dor de barriga” ou uma oportunidade imperdível.
A principal característica desse título é saber no momento da compra qual será a rentabilidade do investimento. É simples: quando chegar a data de vencimento do papel, você terá de volta o valor investido mais o rendimento combinado no momento da compra. Por isso, tende a ser uma aplicação mais interessante para quem pode manter o dinheiro aplicado até o prazo de vencimento.
Por ter um retorno definido antes, o Tesouro Prefixado tem mudanças diariamente em seu valor de mercado. Isso significa que se você tiver de resgatar o investimento antes do prazo, será pago o valor de mercado daquele dia em específico – e o rendimento pode ser maior ou menor em relação ao que você contratou na data de compra do título.
Os títulos atrelados ao IPCA (índice oficial de inflação) proporcionam a chamada rentabilidade real, ou seja, o rendimento acima da inflação no período. Em outras palavras, esses papéis garantem o aumento do poder de compra do seu dinheiro ao longo do tempo. Caso você mantenha o produto até a data de vencimento, receberá a variação do IPCA no período mais a taxa de juros do momento da compra do título.
Da mesma forma que os títulos prefixados, se o investimento for resgatado antes da data de vencimento, pode haver perdas. Isso porque o papel será comprado pelo Tesouro Nacional pelo valor de mercado do dia da venda.
Assim como o Tesouro IPCA, o Tesouro IGP-M é um papel atrelado a um índice de preços, nesse caso, o IGP-M. Da mesma forma que o IPCA, o IGP-M acompanha a inflação e foi criado em 1989 pelo Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Desde 2006, o título Tesouro IGP-M (antiga NTN-C, com pagamento de juros semestrais) deixou de ser negociado na plataforma do Tesouro Direto. Na prática, o investidor não consegue mais adquirir esse papel diretamente pelo Tesouro Direto.